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Riqueza – Desigualdade – Liberdade

NOTA TÉCNICA E FONTES

 

Autor : CARLOS MAURÍCIO

Edição : DEZEMBRO, 2004

 

Países: 192 Estados independentes e 2 territórios com estatuto especial. Grafia segundo a ONU – Portugal.

Regiões: Os países surgem agrupados em 7 conjuntos. ALC : América Latina e Caraíbas (33). AM : Ásia Meridional (9). AOP : Ásia Oriental e Pacífico (29). ASS : África Sub-Saariana (45). ELCEI : Europa de Leste e Comunidade de Estados Independentes (27). MONA : Médio Oriente e Norte de África (22). OCDE : Países de rendimento elevado da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (23).

População: Em milhões. Dados relativos a 2001.

Fonte : P.N.U.D., 2003.

Produto Interno Bruto per capita: O PIB é a soma do valor acrescentado por todos os produtores, nacionais e estrangeiros, residentes no território de um país mais os impostos de produção menos os subsídios não incluídos no valor dos produtos, ao longo de um determinado ano. O Produto Interno Bruto per capita obtém-se dividindo o PIB de um ano pelo total da população do país nesse mesmo ano. Os valores surgem indicados em dólares ajustados à paridade de poder de compra. Em termos muito genéricos, 1 dólar PPC tem o mesmo poder de compra na economia desse país que 1 dólar americano na economia dos E.U.A.. Os valores são relativos a 2001 e, excepcionalmente, a 1999, 2000 ou 2002.
O PIB per capita de cada país é classificado de acordo com os seguintes grupos de rendimento:

  Rendimento Elevado: PIB pc 15.090 dól. PPC.
  Rendimento Médio-Alto: 15.090 > PIB pc 7.020 dól. PPC.
  Rendimento Médio-Baixo: 7.020 > PIB pc 2.560 dól. PPC.
  Rendimento Baixo: PIB pc < 2.560 dól. PPC.

Fontes : P.N.U.D, 2003; World Factbook.

Taxa de Crescimento Anual do PIB per capita (1990-2001): Os valores assinalados com * reportam-se a um intervalo mais curto que o indicado.

Fonte : P.N.U.D., 2003.

Desigualdade de Rendimento (Coeficiente de Gini): Este indicador avalia a extensão em que a distribuição do rendimento, ou consumo, numa dada unidade económica se desvia de uma distribuição perfeita­mente igual. Varia, teoricamente, entre 0, no caso de uma igualdade absoluta, e 100, se todo o rendimento for recebido por um único indivíduo ou família. Quase 90% dos valores reportam-se ao período 1993-2002, mas em alguns casos os dados mais recentes são anteriores.
Ao valor do coeficiente seguem-se o Tipo e o Ano do inquérito (do qual se retêm apenas os dois algarismos terminais). O Tipo pode incidir sobre o rendimento (R), o consumo (C) ou então não se encontrar especificado ( - ). Porque os pobres consomem maior proporção do rendimento do que os ricos, os inquéritos baseados no rendimento fornecem tipicamente valores mais elevados que os baseados no consumo. Quando não existem inquéritos ao rendimento ou ao consumo recorreu-se à Desigualdade Estimada do Rendimento Familiar, calculada por Galbraith e Kum (2003) a partir da dispersão dos salários na indústria e do share industrial, conjugados com as taxas de urbanização e de crescimento populacional. Nestes casos, o valor indicado é uma média decenal, figurando entre parêntesis a década – 80 ou 90 – a que se refere.
Em todos os casos a desigualdade é avaliada de acordo com a seguinte tabela:

    G. < 30,0: Baixa (Igualdade substancial)
  30,0 G. < 40,0: Média / Baixa (Normalidade aceitável)
  40,0 G. < 50,0: Média / Alta (Desigualdade sensível)
  50,0 G.   Alta (Desigualdade excessiva)

Fontes : P.N.U.D, 2003; Galbraith e Kum, 2003; Maurício, 2004.

Esperança de Vida à Nascença: Número de anos que viveria uma criança recém-nascida se os padrões de mortalidade prevalecentes à data do seu nascimento se mantivessem constantes ao longo da sua vida. Dados geralmente relativos a 2001.
Os valores são apresentados a duas cores consoante se situem acima ou abaixo da média mundial.

Fonte : P.N.U.D, 2003.

Taxa de Escolarização Bruta Combinada do primário, secundário e superior: feminina – masculina : Os valores são apresentados em itálico sempre que a taxa relativa ao género feminino é inferior à sua homóloga masculina. Nos casos onde não existem dados segundo o género optou-se por indicar a taxa agregada, entre parêntesis. Os dados referem-se geralmente ao ano escolar 2000-01, com recursos pontuais a 1998-99 ou 1999-2000.
Os valores são apresentados a duas cores consoante a taxa agregada se situe acima ou abaixo da média mundial.

Fonte : P.N.U.D, 2003.

Índice das Liberdades Políticas: Este índice, da responsabilidade da Freedom House, avalia separadamente o estado dos Direitos Políticos (direito de eleger e ser eleito livremente para cargos políticos em igualdade de oportunidades, etc.) e das Liberdades Civis (liberdade de opinião, reunião, associação, educação, religião, etc.) em cada país. As avaliações são relativas ao ano de 2001.
Com base na média entre a pontuação respeitante aos dois indicadores os países são classificados em três grupos:
Livres: quando a média está compreendida entre 1,0 e 2,5.
Parcialmente Livres: entre 3,0 e 5,5.
Não-Livres: entre 5,5 e 7,0 (Por isso os países classificados com 5,5 repartem-se entre os dois últimos grupos).

Fonte : Freedom House, 2001.

Evolução Política (1990 – 2001): Indicador que regista a oscilação entre autocracia (-10) e democracia (10) durante o período 1990-2001. O primeiro valor corresponde ao ano de 1990 e o último – a negro – ao de 2001. Quando o valor correspondente ao ano inicial figura entre parêntesis rectos diz respeito à unidade política antecedente: [Jugoslávia] Croácia. A interposição de uma barra ( / ) entre valores significa uma transição de regime político. Os valores são representados a verde quando a média entre eles (ponderada pela respectiva duração) é superior a zero e a vermelho quando o resultado é negativo. Para este cálculo foi utilizada a coluna Polity 2 da fonte, que normalmente atribui um valor numérico aos períodos T, C e I. Símbolos:
T – Período de transição
C – Período em que se verifica o colapso da autoridade central
I – Interrupção provocada por intervenção militar estrangeira

Fonte : Marshall e Jaggers, 2002.

Guerras e Conflitos Violentos (1990 – 2001): Natureza e duração, em anos, da conflitualidade violenta ocorrida no território da unidade política entre 1990 e 2001. Valores obtidos a partir do cruzamento da base de dados sobre Principais Conflitos Armados do Stockholm International Peace Research Institute com a base de dados sobre Conflitos Violentos e Não-Violentos do Heidelberg Institute of International Conflict Research. Símbolos:
G – Guerra civil / guerrilhas anti-governamentais
C – Conflitos violentos
S – Guerra ligada a movimentos secessionistas ou autonomistas
s – Conflitos violentos ligados a movimentos secessionistas ou autonomistas
I – Invasão / ocupação militar estrangeira
F – Conflitos fronteiriços
M – Operação internacional de manutenção de paz
, – Conflitos temporalmente distintos
/ – Conflitos (no todo ou em parte) simultâneos
Situação no Biénio 2000-01:
0 – Paz
1 – (Continuação do) Conflito
Ø – Operação de Manutenção de Paz

Fonte : FIRST

Início da Soberania Moderna: Data em que a unidade política designada na primeira coluna adquiriu a sua independência na Época Contemporânea (que se convenciona ter início em 1776-89). Quando a unidade assim designada já era soberana em 1776 e não sofreu até hoje interrupção de soberania (exceptuadas situações de ocupação militar temporária) a data encontra-se substituída por um A. Quando a unidade assim designada é o Estado sucessor de uma unidade política mais antiga, a data de estabelecimento do Estado primitivo aparece sublinhada entre parêntesis: Turquia (Império Otomano). Quando o território da unidade designada na primeira coluna já gozava de centralidade política antes do estabelecimento desta, a data de independência da unidade à qual remonta essa centralidade aparece também sublinhada: Sérvia e Montenegro ( Sérvia ) ou Colômbia ( República da Grã-Colômbia ). A data mais antiga não aparece sublinhada nos casos em que entre o momento da primeira independência desse território na Época Contemporânea e o presente se verificou uma interrupção da soberania por incorporação numa unidade política mais vasta: Estónia (Estónia). Resumindo: para todas as unidades com uma datação entre parêntesis, as datas sublinhadas são mais decisivas para avaliar a antiguidade da soberania do que as datas mais recentes, as datas não sublinhadas não o são.

Fonte : MENEN - Cronologias

Procedência Histórica: Origem histórica dos Estados que atingiram a independência política na Época Contemporânea (os restantes não se encontram codificados). Símbolos:

  S : Secessão.
  D : Descolonização.
  S D : Secessão ocorrida num território que experimentou um processo de descolonização nas três décadas anteriores.
  U : Unificação a partir de territórios, no todo ou em parte, soberanos.
  US ou UD: Unificação a partir de territórios que não eram soberanos.
  S U S : Secessão ocorrida num território resultante da unificação de unidades resultantes de uma secessão anterior.
  H : Estado sucessor de outro.
  Ø : Outro tipo de origem histórica.

Os símbolos são ordenados da data mais recente para a mais antiga.

Fonte : MENEN - Cronologias

 

FONTES:

FIRST – Facts on International Relations and Security Trends

FREEDOM HOUSE (2001) – Freedom in the World 2001

GALBRAITH, James K. e Hyunsub Kum (2003) – «Estimating the Inequality of Household Incomes: Filling gaps and correcting errors in Deininger e Squire», UTIP Working Paper No.22

MARSHALL, Monty G. e Keith Jaggers (2002) – «Polity IV Dataset» [Computer file; version p4v2002], Center for International Development and Conflict Management, University of Maryland

MAURÍCIO, Carlos (2004) – «Crescimento – pobreza – desigualdade. Assimetrias mundiais entre estados e regiões», Ler História , 46

P.N.U.D. (2003) – Relatório do Desenvolvimento Humano 2003 , Lisboa, Mensagem

WORLD FACTBOOK – «Field Listing – GDP – per capita»

Quadros Estatísticos

 

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